Se você já é investidor de uma empresa ou FII, o Direito de Subscrição é seu e você pode exercê-lo. Mas o que é isso e como saber se vale a pena ou não participar de uma emissão?
Para saber como o follow-on – ou Direito de Subscrição – funciona e entender como saber se vale ou não participar de uma emissão, acompanhe os próximos tópicos e tire suas dúvidas!
O que é uma emissão?
Quando uma empresa que já realizou o IPO ou um FII que busca complementar seu patrimônio com outros outros ativos resolve captar novos recursos, é possível realizar o follow-on.
O termo se refere à emissão de novas cotas, e também pode ser chamado de subscrição. Quando esta operação é realizada, os atuais investidores têm preferência caso queiram adquirir as novas emissões – esta preferência é chamada direito de subscrição.
Entretanto, nem sempre exercer este direito é a melhor escolha de um investidor, e é sobre isso que falaremos nos próximos tópicos: como saber se vale ou não participar de uma emissão.
Como essa operação é realizada?
Na prática, o follow-on acontece quando há a necessidade, por diferentes motivos, de aumentar o capital de um fundo ou companhia.
Assim, tanto as empresas quanto os Fundos Imobiliários precisam fornecer ao mercado e aos seus atuais investidores todas as informações relevantes sobre as emissões, prestando os devidos esclarecimentos.
Entre as informações e fatos que precisam ser divulgados, estão:
- A data da emissão das novas ações ou fundos;
- Até quando será possível exercer o direito de subscrição;
- Quando os investidores poderão negociar o direito de subscrição com terceiros;
- A data limite de compra das ações ou cotas;
- Quanto das novas ações ou cotas poderão ser adquiridas pelos atuais investidores;
- Qual será o valor das novas emissões no mercado.
Assim, com base em todas estas informações, os investidores decidem se vale ou não a pena adquirir as novas emissões.
Como saber se vale ou não participar de uma emissão?
Tomar uma decisão quanto ao seu direito de subscrição pode ser uma tarefa difícil sem uma boa base para se apoiar.
Por isso, trouxemos uma seleção com algumas vantagens e desvantagens em participar de uma emissão para te ajudar a decidir o que fazer. Vamos lá?
Quando pode valer a pena participar de uma emissão?
Tendo em mente que o direito de subscrição é um benefício dos investidores de uma empresa, é de se esperar que haja certas vantagens em exercer o seu direito de subscrição.
Em momentos onde os fundamentos da companhia não apresentaram piora recente, adquirir as novas emissões pode ser uma boa escolha – isso, claro, de acordo com a sua estratégia de investimentos.
Entre as vantagens de participar da emissão, está a garantia de que a participação do investidor na empresa ou fundo não corre risco de ser diluída em meio à nova captação de recursos.
Afinal, a possibilidade de adquirir mais recursos equivalentes ao seu dinheiro já investido é uma forma de manter o seu lugar garantido.
As emissões, geralmente, são oferecidas aos atuais investidores com desconto. Sendo assim, quem já tem participação paga mais barato do que o valor de mercado, que será apresentado aos novos interessados.
Além disso, outro benefício para os que desejam continuar mantendo suas participações na empresa ou fundo é que o dividend yield não sofre reduções por conta da entrada de novos investidores.
Quando participar de uma emissão pode ser uma má ideia?
Entretanto, a subscrição também pode trazer algumas desvantagens – e é importante conhecê-las para que o investidor tenha como saber se vale ou não participar de uma emissão.
Por isso, se atente às possíveis desvantagens de exercer o direito de subscrição.
O primeiro fator a ser observado – e que pode ser um sinal de que, talvez, exercer o direito de subscrição possa não ser a melhor escolha nestes casos – é se a empresa ou fundo teve alguma queda de desempenho recentemente.
Além disso, é importante avaliar se adquirir estas emissões não será uma escolha prejudicial ao equilíbrio da sua carteira de ativos.
Afinal, manter a diversificação é muito importante para que os seus investimentos continuem funcionando sem riscos ou problemas. Sendo assim, causar concentração em um ativo pode não ser a melhor decisão em alguns casos.
Tendo todos estes fatores em mente, é importante saber que cada caso é um caso. Adquirir ou não novas emissões deve ser uma escolha planejada com base em todo este conjunto de observações.
Como exercer meu direito de subscrição?
Após analisar todas as informações fornecidas e tomar uma decisão quanto às emissões, é preciso seguir alguns passos.
Caso o investidor decida adquiri-las, deve-se comunicar esta decisão por escrito, além de fazer contato com uma corretora.
A partir deste momento, não é possível afirmar como será o passo-a-passo. Afinal, cada corretora tem seu próprio procedimento, assim como suas próprias regras.
Entretanto, caso a decisão seja vender seu direito de subscrição para terceiros, será possível fazê-lo por meio do mercado secundário. Neste caso, é necessária a anuência prévia do fundo ou da empresa emissora da ação.
Em ambos os casos, é importante que o prazo estabelecido pela empresa ou fundo seja respeitado. Caso contrário, o investidor perde o seu direito de exercer ou negociar seu direito de subscrição.
Sobras de subscrição: o que acontece com elas?
Quando investidores não apresentam interesse em exercer o direito de subscrição e também não o negociam, estas emissões acabam sobrando.
Assim, estas emissões excedentes, chamadas sobras de subscrição, são oferecidas no mercado novamente, com a finalidade de alcançar o capital projetado anteriormente.
Assim, nasce a segunda oportunidade de manter – e elevar – a sua participação na empresa ou fundo, comprando as sobras e fazendo seu direito de subscrição valer.
Se este artigo te ajudou a entender como saber se vale ou não participar de uma emissão ou a tomar uma decisão quanto a isso, acompanhe outras postagens e entenda muito mais sobre o mercado financeiro!