Ao falarmos de rentabilidade, oportunidades e estratégias que envolvem o mercado financeiro, é comum citarmos os profissionais que aplicam seus recursos, seus diferentes tipos e características agregadas, como por exemplo o investidor de varejo, investidor profissional e o investidor qualificado.
Dessa forma, para algumas pessoas que estão iniciando nesse universo dos investimentos, existe uma certa dúvida sobre a definição de algumas delas e, por isso, nesse texto abordaremos um pouco sobre essas diferenças e focaremos no conceito de investidor qualificado.
O que é um investidor qualificado?
Basicamente, um investidor qualificado, segundo a CVM, é um título portado por pessoa física ou jurídica que possui mais de R$1 milhão investidos, tem conhecimentos legislativos e experiência para entender sobre operações mais complexas e arriscadas operações da bolsa.
Assim, esse indivíduo é capaz de gerir de forma excelente as variações das aplicações, sem danificar seu capital.
Quanto aos critérios para se tornar um desses profissionais, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), entidade responsável pela emissão do título, determinou, por meio do artigo 9º- B da Instrução CVM 554, que são considerados investidores qualificados:
- Investidores profissionais, isto é, investidores que possuem aplicações que, no total, são superiores a R$10 milhões;
- Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos superiores a R$1 milhão e que comprovem condição de investidor qualificado;
- As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM;
- Clubes de investimento.
Em conclusão, vemos que possuir uma enorme quantia para aplicar não é um fator limitante, já que existem outras formas de lograr a certificação da CVM – isto é o que é ser um investidor qualificado.
Qual é a diferença entre investidor profissional e investidor qualificado?
Dentre os tipos de investidores financeiros, existem dois que sempre se destacam por seus benefícios e características singulares, são eles os profissionais e os qualificados.
Mas afinal, qual a diferença entre esses dois?
Em resumo, a grande diferença entre eles é o patrimônio investido, isto é, enquanto o investidor profissional deve ter um capital aplicado de mais de R$10 milhões, o investidor qualificado precisa dispor de apenas R$1 milhão.
Além disso, é necessário que haja uma comprovação dessas quantias, e assim, ambos precisam de um termo para comprovação desses valores.
Em suma, a distinção entre esses dois tipos de títulos é suficiente para que os profissionais fiquem com mais opções de investimentos.
Como ser um investidor qualificado?
Mas como se tornar um de fato?
A verdade é que ser um investidor financeiro qualificado é mais simples do que se imagina.
Caso você já possua a quantia de R$1 milhão investidos, basta apenas requerer e preencher o “Termo do Investidor Qualificado”, e logo após enviar para a CVM. Depois disso é necessário aguardar.
Nesse documento-carta, o interessado deve confirmar que dispõe do valor necessário e que é capaz de analisar, aplicar e compreender os cenários e ativos mais complexos do mercado financeiro.
E mesmo que você não possua 1 milhão de reais, é possível, sim, atingir esse reconhecimento de outras formas como realizar os testes de conhecimento técnico. São eles:
- Agente Autônomo de Investimentos da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (ANCORD)
- Analista de Valores Mobiliários CNPI;
- CEA (Certificação de Especialista em Investimentos);
- CGA (Certificação de Gestores);
- CFP (Planejador Financeiro) do programa da ANBIMA.
Por isso, caso você não possua uma enorme quantia em dinheiro e, mesmo assim, deseja essa certificação, não abra mão dos estudos. Dessa forma, você obterá um resultado suficiente no teste.
Vantagens
Logo, ao ver que existe uma certa restrição a essa certificação, somos levados a imaginar que existam certos benefícios para quem atinge esse título. E sim, existem.
Por esse motivo, os apresentaremos agora:
- Produtos financeiros especiais;
- Taxa menores.
Por não ser um investidor comum, é possível contar com uma quantidade e variedade maior de produtos financeiros, o que contribui para uma maior diversificação da carteira.
Essas pessoas também têm acesso a investimentos mais rentáveis, como CRIs, CRAs e fundos de investimentos no exterior, já que são mais complexos e arriscados.
Além desses pontos, outro benefício é a redução das taxas cobradas.
Esses tipos de investidores aportam e movimentam uma grande quantidade de recurso, e eventualmente, as operadoras passam a oferecer descontos e taxas especiais para se tornarem mais atrativas a esses indivíduos – beneficiando os qualificados.
Como pudemos ver, ser um investidor qualificado proporciona boas regalias, já que, através dele é movimentada grande quantidade de dinheiro no mercado. Isto é, ao receber tal título, o indivíduo passa a ser diferenciado.
Considerações
Vimos nesse texto que esses profissionais vão além de pessoas que detém conhecimento, antes de tudo eles são certificados pela CVM.
Para lograr esse título, essa entidade exige que alguns parâmetros sejam atendidos, como por exemplo, possuir investimentos de mais de 1 milhão de reais comprovados ou obter aprovação em provas de conhecimentos econômicos e financeiros.
E, como vimos logo acima, existem privilégios interessantes para quem se torna um investidor qualificado. Por isso, caso deseje se tornar um e não possua tanto capital investido, lembre-se de estudar para comprovar sua alta proficiência no mercado financeiro.