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Investidor Profissional: o que é e como ter esse título

Investidor Profissional: o que é e como ter esse título

A fim de obterem independência financeira ou, até mesmo, trabalharem com ativos, muitas pessoas têm se tornado acionistas e operam na bolsa. Existem vários tipos, como o investidor iniciante, investidor qualificado e o investidor profissional.

Todos esses possuem características diferentes, no entanto, alguns se destacam pelo volume de aplicações financeiras e pelo conhecimento de mercado, como por exemplo o investidor profissional.

Por isso, neste texto, esclareceremos o que é esse tipo investidor, o que é necessário para ser um e as vantagens atreladas a essa atribuição.

O que é um investidor profissional?

Primeiramente, ser investidor profissional não se trata de, simplesmente, trabalhar com investimentos, mas sim ter um registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e atender aos seus critérios.

Essa categoria definida pela CVM exige que, para ser considerado esse tipo de investidor, sejam atendidas algumas solicitações. Os requisitos do investidor profissional são:

  • Possuir aplicações que, no total, sejam superiores a R$10 milhões;
  • Possuir CPF ou CNPJ;
  • Assinar um termo que certifica como profissional em investimentos.

Dessa forma, a instrução CVM Nº 554 no Art. 9º-A nos mostra que também são considerados investidores profissionais:

  1. Instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
  2. Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
  3. Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
  4. Fundos de investimento;
  5. Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM;
  6. Agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
  7. Investidores não residentes.

Este tipo de investidor, devido às altas aplicações, possui acesso a vários outros ativos exclusivos do mercado financeiro, pois são mais complexos.

Qual a diferença entre investidor profissional e investidor qualificado?

Vemos pessoas em reunião com laptops e cadernos enquanto duas dessas pessoas dão um aperto de mão, remetendo ao investidor profissional.

Aqueles que já estão inseridos no mundo das finanças provavelmente já ouviram falar de tipos diferentes de investidores.

Como citamos acima, existem os investidores profissionais e os qualificados e estes possuem muitas semelhanças a ponto de causar certo equívoco entre as pessoas, mas afinal, qual a diferença entre eles?

Basicamente o contraste dessas suas modalidades se dá devido ao volume de aplicações em ativos.

Enquanto o investidor qualificado precisa ter uma aplicação superior a R$1 milhão, o investidor profissional CVM precisa ter mais de R$10 milhões investidos no mercado financeiro.

Apesar disso, existem formas de não possuir essa quantia investida e mesmo assim se tornar um investidor financeiro profissional. Basta ser:

  • Analista autorizado;
  • Consultor autorizado;
  • Agente Autônomo de Investimentos autorizado;
  • Administrador de carteira autorizado.

Como se tornar um investidor profissional?

Depois de tanta explicação é comum imaginar que esse processo é burocrático e cansativo, mas não é.

Em primeiro lugar, é importante que o aspirante informe e comprove a quantia em aplicações (mais de 10 milhões de reais) de ativos financeiros.

Após isso, o solicitante deve preencher a “Declaração da Condição de Investidor Profissional”, que em suma, é uma carta que se envia a CVM explicando a sua condição como um investidor experiente e que compreende os riscos do mercado.

Após feito isso, apenas aguarde a resposta da CVM.

Vantagens

Vemos uma carta de baralho "Ás de copas" sendo retirada de uma manga de terno, remetendo ao investidor profissional.

E você pode perguntar: “como eu me beneficio sendo um profissional?”

Em resumo, você obtém 3 grandes proveitos, que são:

Por possuir grandes valores e certificação pela CVM, o investidor profissional tem acesso a produtos do mercado financeiro que são mais rentáveis como debêntures, CRI, CRA e outros investimentos mais arriscados.

Normalmente esses ativos são mais complexos e, por isso, são uma excelente opção para esses profissionais.

E também as taxas menores e com condições diferenciadas, já que existe uma quantia enorme na carteira de investimentos. Como resultado, há melhores condições de proventos.

Considerações

Apesar dos benefícios que essa certificação proporciona, muitos investidores, após atingi-la, se tornam displicentes com suas metas e objetivos.

A falta de estudo também pode degringolar seu desempenho, tanto como investidor profissional como também um qualificado ou até mesmo um iniciante. Por isso, busque traçar uma estratégia e foque no seu sucesso, pois depende exclusivamente de você.

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    Jacinto Neto
    Jacinto Neto Analista CNPI e sócio do Funds Explorer
    Formado em administração pública pela FGV-SP, mestre em Finanças e Controladoria pela FIPECAFI, analista CNPI e sócio do Funds Explorer. Possui experiência maior que 5 anos, trabalhando com estratégia de investimentos, planejamento e modelagem financeira, além de análise de fundos de investimento imobiliário.

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