O índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, conhecido pela sigla IGP-DI, é uma ferramenta muito importante para medir a alta nos preços das matérias-primas, ajudando as empresas a calcularem seus custos de produção e os clientes a medirem a alta nos preços.
É importante notar, todavia, que o IGP-DI é diferente do IGPM, que avalia os preços de mercado para apontar a inflação nos produtos.
Então, para entender mais sobre como o índice IGP-DI funciona, continue lendo esta matéria!
O que é o IGP-DI?
A princípio, o IGP-DI começou a ter seus resultados divulgados no ano de 1947 e, ainda, é considerado um dos principais índices que medem a constante mudança de preços no país.
Por este motivo, é utilizado também como uma base para a realização de correção de preços e valores contratuais no Brasil.
Como o IGP-DI funciona?
Calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, o IGP-DI apresenta três índices componentes: IPA, IPC e INCC, que serão explicados nos próximos tópicos.
IPA – Índice de Preços ao Produtor Amplo
Um dos índices que o compõem é o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), considerado o principal medidor de alta nos preços do setor varejista do Brasil.
O IPA corresponde a 60% do IGP, refletindo a alta nos valores da produção dos bens industriais, agrícolas e das transações comerciais.
O IPA é medido com base nos seguintes grupos:
- Bens finais
Como combustíveis, alimentação, equipamentos e máquinas;
- Bens intermediários
Suprimentos, embalagens, materiais para manufatura, entre outros;
- Matérias-primas brutas
Minerais e agropecuárias;
- Produtos agropecuários
Pecuária e lavouras temporárias e permanentes;
- Produtos da indústria de transformação
Como os produtos alimentícios, bebidas, produtos químicos e metalurgia básica;
- Produtos da indústria extrativa
Minerais metálicos e não-metálicos, além de carvão mineral.
De acordo com o peso de cada um desses fatores – que é determinado pelos hábitos e quantidade de consumo -, são calculadas as variações de preço.
Geralmente, a categoria considerada com maior peso é a indústria de transformação.
IPC – Índice de Preços ao Consumidor
Como a nomenclatura sugere, o Índice de Preços ao Consumidor mede a mudança de preços dos bens e serviços que moldam as despesas mensais das famílias brasileiras.
As principais capitais estudadas para o desenvolvimento do IPC são: Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Porto Alegre e Salvador.
As categorias levadas em consideração para a construção deste índice são:
- Vestuário;
- Habitação;
- Transportes;
- Alimentação;
- Comunicação;
- Despesas diversas;
- Saúde e cuidado pessoal;
- Educação, leitura e recreação.
No momento, as duas categorias de maior peso no Índice de Preços ao Consumidor são a habitação e a alimentação.
O IPC representa 30% do IGP, ficando atrás do IPA na composição do mesmo.
INCC – Índice Nacional de Custo de Construção
O último índice componente do IGP é o INCC, que mede o custo da construção civil no país.
Este índice é medido com base em menos categorias. São elas:
- Materiais, equipamentos e serviços;
- Mão-de-obra.
Sendo assim, o Índice Nacional de Custo de Construção representa apenas 10% do IGP-DI, o menor peso entre os três índices componentes.