Os Fundos Imobiliários tendem a chamar atenção de muitos investidores iniciantes. Mas, com isso, aparecem as dúvidas: como investir em FIIs e quantos FIIs ter na carteira?
Embora esta seja uma pergunta sem resposta exata, é possível imaginar uma quantidade ideal de Fundos Imobiliários para cada investidor com base em alguns fatores. Então, para entender quantos FIIs ter na carteira, continue a leitura!
O que são FIIs?
Antes de partir para a pergunta mais complexa, é importante saber bem do que estamos falando. Você sabe o que são os FIIs?
Os Fundos Imobiliários – ou FIIs, como são conhecidos – são uma forma de investir e receber retorno através de imóveis, deixando de lado a forma convencional, que se resume a ter um imóvel e alugá-lo.
Com esta modalidade, é possível investir até mesmo em imóveis em construção ou ainda na planta, não necessariamente sendo uma casa: você pode receber investindo em prédios, shoppings ou hospitais, por exemplo.
Além disso, quem investe em FIIs ainda conta com a ajuda de um gestor, que ajuda a aliviar o peso dos processos burocráticos do investimento: FIIs não trazem preocupações quanto a isso.
Dito isso, vamos ao questionamento principal: quantos FIIs ter na carteira?
Existe uma quantidade ideal de FIIs?
Seria errado afirmar que existe um “número milagroso” em relação à quantidade de Fundos Imobiliários que cada investidor deve ter.
Por isso, não se prenda tanto aos números. Embora seja possível encontrar uma quantidade equilibrada para você, ter fixada a ideia de que dez ou doze é a quantidade certa, por exemplo, pode atrapalhar suas escolhas.
Cada investidor tem diferentes objetivos, assim como podem ter mais ou menos tolerância a riscos. Por isso, tendo em mente quantos FIIs temos no mercado, é ideal que isso seja decidido e projetado de acordo com as expectativas de cada um.
Ainda assim, é possível observar alguns pontos que te ajudarão a decidir quantos FIIs ter na sua carteira de investimentos. Vamos lá?
O que levar em consideração ao decidir quantos FIIs ter na carteira?
Como comentamos acima, a quantidade de Fundos Imobiliários na qual investir deve ser uma escolha bem pensada e planejada de acordo com o que o investidor deseja alcançar.
Para isso, existem alguns fatores a serem considerados. Veja:
Suitability: o primeiro passo
Ao abrir uma conta em corretora para iniciar seus investimentos, é necessário preencher um formulário com informações que ajudam a medir a quantos e quais riscos o investidor está disposto a se expor.
Este processo é conhecido como suitability, e é através dele que a corretora conhece o seu perfil de investidor e pode proporcionar uma experiência personalizada para você.
Participação e estratégia dos Fundos
A partir do perfil de investidor, descoberto no suitability, é possível definir a participação e a estratégia que terão os seus FIIs e como diferenciar seu portfólio.
Assim, são decididos Fundos Imobiliários com mais ou menos riscos ou que assumam ou não um papel defensivo, por exemplo.
Risco sistemático e não sistemático
Um dos pontos mais importantes a serem observados em relação à quantidade ideal de FIIs para cada investidor é o conceito de riscos sistemáticos e riscos não sistemáticos. Entenda:
O risco não sistemático é aquele que, na maioria das vezes, atinge apenas um segmento. Ele pode, por vezes, ser mais atenuado.
Enquanto isso, o risco sistemático costuma atingir a carteira de ativos de um investidor por completo, independentemente de quais ativos estejam presentes nela.
É justamente por conta desses riscos sistemáticos que a diversificação é muito importante no momento de construir a sua carteira de ativos.
Entretanto, exagerar na quantidade também não é recomendado, pois o investidor pode acabar perdendo o controle sobre seus Fundos em algum momento.
Como posso começar a escolher em quais FIIs investir?
Após conhecer quais são os tipos de FIIs (FIIs de shopping, FIIs de papel, híbridos e outros), um passo muito importante para a tomada de uma decisão consciente, é chegado o momento de começar a montar a sua carteira de ativos.
- Não deixe nenhum aspecto do FII de lado
Uma dica de ouro é: jamais escolha um Fundo Imobiliário com base em apenas um indicador. Afinal, focar demais em um aspecto do Fundo pode te “cegar” para outros pontos importantes.
Veja o FII como um todo: com pontos positivos e negativos. Busque o equilíbrio, e não apenas um ponto positivo que chame muita atenção.
- Avalie os possíveis riscos
Sempre avalie os riscos e indicadores como o P/VP, que mostra como está a relação entre o valor das cotas e o valor patrimonial do Fundo.
Pense, também, como se o Fundo fosse um imóvel seu antes de investir: ele está situado em uma boa localização? Esta é uma área valorizada, que atrai muitas pessoas interessadas em alugar imóveis?
- Conheça o gestor
Os Fundos Imobiliários são uma modalidade de investimento que oferece a ajuda de um gestor profissional durante todo o processo.
Este gestor se encarregará da maioria das preocupações recorrentes do seu investimento. Entretanto, isso traz aspectos bons e ruins.
Tenha em mente que o sucesso da estratégia de investimentos estará nas mãos do gestor. Então, busque sempre conhecer trabalhos anteriores do mesmo no mercado, assim como seu histórico e avaliações.
- Leve em conta a liquidez
Sem dúvidas, um dos aspectos mais importantes ao escolher um FII é a liquidez, que dita a capacidade do Fundo de transformar o seu investimento em retorno.
Considere possíveis emergências nas quais você pode se ver dependente da liquidez do Fundo e calcule se o retorno será suficiente em um caso assim.
Pronto para dar o primeiro passo?
Se você é um investidor iniciante, é sempre importante contar com a ajuda de um profissional para te orientar.
Afinal, se aventurar sem o acompanhamento de um profissional pelo mundo dos investimentos é uma decisão arriscada e que pode trazer más consequências.
Por isso, busque uma corretora e descubra, de acordo com o seu perfil de investidor e suas preferências, quantos FIIs ter na carteira!