Se você já pensou em aplicar seu dinheiro em fundos de investimento, sabe que essa aplicação é diferenciada. Ela permite diversificar sua carteira e potencializar seu rendimento.
Tudo isso com a vantagem de serem aplicações simples e adaptadas para todos os perfis de investidor. Mas ainda tem mais a saber sobre os fundos de investimento.
Como há diferentes opções, é importante conhecer as principais características. Assim, é possível escolher a alternativa mais alinhada aos seus objetivos.
Para ajudar na sua decisão, criamos este post. Leia e saiba mais.
O que são fundos de investimento?
Um fundo de investimento consiste em um conjunto de investidores que aplicam seu capital em uma carteira de ativos financeiros. Portanto, é uma modalidade coletiva de aplicação.
Cada pessoa física ou jurídica que aloca seu capital é um cotista. O dinheiro vai para um fundo comum e é administrado por um gestor.
De maneira mais simples, o fundo é como um condomínio. Ou seja, você adquire a quantidade de cotas que deseja, paga uma taxa de administração e deixa o restante para um gestor, ou seja, um profissional.
Portanto, ainda que os investidores não se conheçam, têm um objetivo comum: obter um bom rendimento. Por isso, ao escolher o fundo de que vai participar, você deve analisar sua política e seu estatuto.
Os fundos são regulamentados. Eles seguem as cartilhas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima).
Como o fundo de investimento funciona?
Essa modalidade é estruturada de uma forma simples. Existem os cotistas, que são os investidor. Há o gestor, que administra o recurso e representa a empresa que disponibiliza a aplicação financeira.
Além disso, essas duas figuras estão limitadas pelos documentos do fundo de investimento. Eles determinam quais diretrizes serão consideradas, qual será o limite de aplicação por emissor e outros detalhes.
Toda essa dinâmica pode ser resumida em alguns aspectos. Entenda os principais.
Composição e classificação da carteira
Um fundo de investimentos pode alocar recursos em diferentes ativos da renda fixa e variável. No entanto, existem regras sobre a concentração de papéis. As principais são:
- limite de aplicação por emissor. É permitido investir até 20% do patrimônio em títulos de uma mesma instituição financeira. Para outros fundos e empresas de capital aberto, o percentual cai para 10%. Já para demais emissores, fica em 5%. Os títulos públicos federais estão isentos dessa regra;
- tipo de ativo incluído na carteira;
- investimentos realizados no exterior.
Todas essas diretrizes devem seguir a regulamentação da CVM. De toda forma, os fundos são categorizados de acordo com a composição de sua carteira e os riscos inerentes.
Dessa forma, as informações são mais transparentes aos investidores. Isso leva a menos erros na hora de escolher em qual você vai investir.
Cotas
Todo o patrimônio de um fundo de investimento é separado em cotas. O investidor tem direito a comprar quantas quiser. De qualquer forma, sua remuneração sempre será proporcional.
Custos
Os investimentos em fundos exigem o pagamento de taxas. As duas principais são a de performance e a de administração.
A taxa de performance é opcional e incide nos fundos de gestão ativa. Ela é um incentivo ao gestor. Afinal, somente é aplicada quando a rentabilidade supera o benchmark.
Por sua vez, a taxa de administração existe em todos os fundos de investimentos. Ela serve para remuneração a gestão e a administração. Por isso, sua incidência ocorre sobre o patrimônio mantido pelo investidor.
Essa segunda taxa costuma ser um percentual anual. Geralmente, varia de 0,5% a 4% ao ano. Porém, sua cobrança é gradual e proporcional. Portanto, não é feita de uma única vez.
Vale a pena observar que esses custos corroem parte da sua remuneração. Ainda assim, pode valer a pena pagá-las. Tudo depende dos resultados obtidos.
Tributação e come-cotas
Os dois tributos principais em um fundo de investimentos são o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O primeiro é aplicado apenas sobre a rentabilidade.
A alíquota é definido de acordo com a categoria da aplicação. Ela pode ser:
- fundo de longo prazo: seus papéis vencem em um período maior do que 365 dias, em média;
- fundo de curto prazo: os ativos vencem em menos de 365 dias, em média;
- fundos de ações: são aqueles compostos por 80% ou mais de ações de companhias negociadas na bolsa de valores.
No caso de fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,5% para investimentos de até 180 dias e de 20% para períodos superiores.
Por sua vez, os fundos de longo prazo seguem a tabela abaixo:
- até 180 dias: 22,5%;
- de 180 a 360 dias: 20%;
- de 361 a 720 dias: 17,5%;
- acima de 720 dias: 15%.
Nessas duas modalidades, a cobrança é semestral. Ela ocorre sempre no último dia útil de maio e novembro e é automática. Esse é o chamado come-cotas.
Por outro lado, os fundos de ações têm uma alíquota única de 15%. Ela é cobrada na fonte, no momento do resgate.
Em relação ao IOF, sua incidência é válida apenas para resgates realizados em menos de 30 dias. A alíquota vai de 96% a 0%.
Quais são os tipos de fundos existentes?
Como destacado, os fundos de investimento são classificados de acordo com a alocação de recursos. Apesar disso, sua carteira pode conter diferentes aplicações financeiras.
Dentro das possibilidades possíveis, os tipos existentes são:
- fundo cambial: aplica mais de 80% do patrimônio em ativos relacionados a moedas estrangeiras. Os mais comuns são vinculados ao dólar. Pode ser usado como hedge, isto é, para proteção do capital do investidor;
- fundo de ouro: aplica 80% ou mais de seu patrimônio nessa commodity. Os ganhos vêm tanto da valorização do ouro quanto do dólar. Também é usado como hedge;
- fundo de ações: investem 67% ou mais do patrimônio em ações negociadas na bolsa de valores. Sofre alta volatilidade, ou seja, oscilação de preços. Por isso, são recomendados para o foco no longo prazo;
- fundos multimercado: aplica o capital em diferentes modalidades. Há vários fatores de risco, mas não há concentração de nenhum ativo específico;
- fundo de renda fixa: aplica 80% ou mais do patrimônio em ativos da renda fixa. Há várias opções dentro dessa categoria. Por exemplo, os fundos DI e os de crédito privado;
- fundo de previdência: é a conhecida previdência privada. Abrange o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O primeiro é mais indicado para quem entrega a declaração completa do IR. O segundo é voltado para a declaração simplificada. Isso porque existem benefícios tributários;
- fundos imobiliários (FIIs): aplicam o capital em títulos (fundos de papel) ou imóveis (fundos de tijolo) do setor imobiliário. O resgate de cotas é proibido, porque são fechados. Porém, há isenção de IR.
Quais são as vantagens dos fundos de investimentos?
Existem vários benefícios ao alocar seu dinheiro nessa modalidade. Conheça os principais:
- diversificação, já que você expõe seu capital a vários setores da economia;
- liquidez, pois é possível resgatar as cotas com agilidade;
- redução da taxa de corretagem, já que esse custo é distribuído entre todos os cotistas;
- gestão especializada devido ao gestor;
- praticidade, porque o profissional cuida da alocação de recursos.
Assim, os fundos de investimento são boas oportunidades para fazer seu patrimônio crescer. No entanto, é necessário sempre analisar a sua política para ter certeza da decisão tomada. Inclusive, você tem várias informações disponíveis no Funds Explorer. É só procurar.