Os fundos imobiliários (FIIs) são uma ótima opção de investimento para quem busca diversificação da carteira. E dentro dele, existem diferentes tipos de fundos, sendo um deles os Fundos Híbridos.
É importante para qualquer investidor que pretender realizar aportes em Fundos Híbridos conhecer o que são e quais são suas vantagens e desvantagens. Por isso, vamos abordar o tema neste artigo.
O que são Fundos Híbridos?
De acordo com a deliberação ANBIMA nº 62, artigo 4º, um Fundo Híbrido é um “fundo que conforme definido em seu regulamento objetiva investir, direta ou indiretamente, em imóveis relacionados a mais de um segmento”.
Ou seja, a carteira de um Fundo Imobiliário Híbrido pode conter ativos de vários segmentos diferentes. Podendo então ser:
- Imóveis de renda;
- Títulos imobiliários;
- Empreendimento para desenvolvimento;
- Cotas de FIIs.
Dessa forma, um FII híbrido oferece mais opções para que se tenha uma carteira diversificada e que se encaixe a diferentes perfis de investidor, sem que seja necessário escolher Fundo por Fundo: um Gestor qualificado fica encarregado de tal tarefa.
Como funcionam os FIIs híbridos?
Os FIIs híbridos funcionam de forma com que o Gestor tenha mais liberdade quanto à sua estratégia.
Em cenários que colocam um tipo de FII em desvantagem, por exemplo, este profissional pode investir em outras áreas e tipos de Fundos, mantendo a segurança e a diversificação.
Assim, o profissional pode decidir quando se expor ou não a certos riscos, de acordo com o que mais traz vantagens no momento.
As escolhas do Gestor podem ser afetadas, por exemplo, pela inflação e taxa Selic elevadas, podem beneficiar os FIIs de Papel com ativos corrigidos pelo CDI, IGP–M ou IPCA.
Isso significa que, quando se trata dos Fundos Imobiliários híbridos, há uma presença maior de gestão ativa do que se comparado a outros tipos de Fundos. Por isso, vale lembrar: a qualidade da Gestão deve ser ainda mais observada se você deseja investir nesses Fundos.
Quais são as vantagens e desvantagens de investir em FIIs híbridos?
Vantagens
A principal vantagem desse tipo de fundo é a diversificação devido a liberdade de alocação de recursos, podendo transitar entre diferentes tipos de imóveis, ou mesmo diferentes classes de ativos.
Dessa forma, ao investir em fundo híbrido, você tem acesso a uma carteira diversificada, com ativos, riscos e retornos diferentes.
Vale ressaltar que, além disso, o custo de diversificação dos FIIs híbridos também é menor.
Afinal, ao comprar uma cota de um fundo híbrido você pode ter acesso, por exemplo, a imóveis logísticos e lajes corporativas.
Assim, eventualmente você tem um custo menor do que se tivesse que comprar uma cota de um fundo de logística e uma cota de um fundo de lajes corporativas, neste caso. Considerando, claro, FIIs com preço de cota e carteira de ativos relativamente semelhantes.
Desvantagens
Como todo ativo, os fundos imobiliários híbridos também têm pontos de atenção, os quais consideram-se como desvantagens, a depender do ponto de vista. O primeiro deles diz respeito à gestão do fundo.
Afinal, uma vez que existe maior liberdade do gestor nesse ativo, o profissional de um fundo de um segmento específico está focado naquele segmento. Enquanto isso, o gestor de um fundo híbrido pode alocar os recursos em diferentes classes de ativos, tendo seu foco mais disseminado.
Para isso, no entanto, é preciso que o Gestor tenha uma ampla visão de mercado e saiba exatamente onde investir em cada momento, pois os riscos e desvantagens vão diretamente para os cotistas.
Vale a pena investir em FIIs Híbridos?
Como vimos anteriormente, existem muitas variáveis a serem consideradas na análise antes de escolher os melhores FIIs híbridos para ter na carteira.
Os Fundos Híbridos podem ser impactado tanto positivamente quanto negativamente por mais fatores do que um FII com uma única estratégia. Portanto, mesmo tendo em vista a vantagem da diversificação, é preciso analisar aprofundadamente as opções, o mercado e seu perfil de investidor antes de aportar recursos no ativo.