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Fundos de investimentos: inflação e corte na Selic aumentam buscas por esses ativos; veja as vantagens

Fundos de investimentos: inflação e corte na Selic aumentam buscas por esses ativos; veja as vantagens
fundos de investimento

As buscas por fundos de investimento aumentam com este momento da economia do país. O dado de inflação divulgado na manhã desta terça-feira (25) praticamente sacramentou o início do ciclo de corte na taxa básica de juros pelo Banco Central, com os agentes do mercado financeiro já precificando um corte na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dias 1 e 2 de agosto.

O IPCA-15, prévia da inflação mensal, surpreendeu o mercado com uma deflação de 0,07% em julho, enquanto a mediana das casas esperava uma deflação de 0,03% no período. Outro dado que evidencia o clima para corte nos juros é a melhora nos núcleos, especialmente no de Serviços. A pesquisa Focus, do Banco Central, também vai nesse caminho, retomando a projeção de queda no IPCA de 2023 e 2024.

Todo esse contexto acima para explicar que com a redução na taxa básica de juros, os ativos de renda fixa perderão atratividade, e com isso acelerou-se uma busca por ativos que tenham renda variável, mas que ainda estejam com um valor ainda barato, ou “descontado”.

Nesse ponto da história se destacam os fundos de investimentos.

Vantagens dos fundos de investimentos

Essa classe de ativos é a mais buscada nesse período de transição por ter uma série de fatores de segurança, alto nível de diversificação e retornos interessantes, além de não ser uma transição brusca de renda fixa para um ativo de alta volatilidade, como uma ação, por exemplo.

É importante destacar que existem vários tipos de fundos de investimentos com perfis de risco muito diferentes e que oferecem investimentos tanto em renda variável quanto em renda fixa. Os fundos são opções capazes de agradar todos os tipos de investidores, desde o mais experiente, o arrojado até o iniciante e mais conservador.

Entre as vantagens dessa classe estão o acesso a uma gestão profissional, a diversificação da carteira e o acesso a ativos sofisticados.

Como os fundos de ações são geridos por gestores profissionais que tomam as decisões de investimento, o investidor também não precisa lidar com burocracias como recolhimento de impostos em caso de venda de ativos.

Desvantagens dos fundos de investimento

Entre as desvantagens estão as taxas e os tributos que podem impactar os rendimentos.

Para remunerar os gestores do fundo costuma ser cobrada uma taxa de administração. Em alguns casos, também pode ser cobrada a taxa de performance, um percentual em cima dos rendimentos que só é cobrado caso o fundo ultrapasse algum benchmark determinado.

Os fundos de investimento também contam com regras de tributação próprias, como o come-cotas, para fundos multimercados, cambiais e de renda fixa.

Além disso, algumas classes de fundos são taxadas por imposto de renda, enquanto outras são isentas.

Tipos de fundos de investimento

Existem várias classificações para fundos de investimentos, a depender do tipo de ativos que predominam em suas carteiras e as estratégias que adotam. Importante frisar que os fundos são regulamentados pela CVM, precisam ter gestão profissional e prestação pública de contas.

Fundos cambiais

Investem acima de 80% do patrimônio em ativos relacionados com outras moedas. Os mais conhecidos são os fundos em dólar, que procuram acompanhar a cotação da moeda americana.

São boas opções para quem quer se proteger das variações cambiais ou que estejam programando viagens ao exterior.

Fundos de ações

O investimento é predominantemente feito em ações, ou no mínimo 67% do patrimônio do fundo. O restante pode ser diluído em diversos outros ativos. É bom para investimento em longo prazo, mas a exposição ao risco é mais elevada.

Fundo multimercado

Nessa classe não há compromisso com concentração de investimento em nenhum tipo de ativo. Cabe ao gestor definir as melhores aplicações.

Fundos de renda fixa

Esses fundos devem investir ao menos 80% do patrimônio em ativos de renda fixas. Os fundos DI são os mais populares, de modo a perseguirem a taxa CDI (atualmente em 13,50% ao ano). São considerados de baixo risco.

Fundo de previdência

Nesses fundos são aplicados os recursos dos investidores que possuem planos de previdência, como PGBL e VGBL. Possuem alguns benefícios tributários para estimular as pessoas a investirem para longo prazo.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Essa classe reúne investidores interessados em empreendimentos imobiliários sem precisar aplicar diretamente em imóveis. O fundo administra os imóveis e faz o repasse dos aluguéis em forma de pagamentos de dividendos.

Existem entre os fundos de investimento basicamente duas subclasses de FIIs, os FIIs de tijolos, que investem em empreendimentos existentes, e os FIIs de papel, que investem em títulos de recebíveis ligados ao mercado imobiliário.

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    Allan Ravagnani
    Allan Ravagnani Jornalista com especializações em macroeconomia, finanças e ciência política. Foi editor no site Inteligência Financeira e atuou nos veículos TC Mover (Traders Club), Valor Econômico, CMA Markets, Terra e Folha de S.Paulo. Atualmente, é colaborador do Suno Notícias e do Funds..

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