Fundos Imobiliários

30 anos de FIIs: A evolução está só começando

30 anos de FIIs: A evolução está só começando
Em 2023, os fundos imobiliários (FIIs) completam 30 anos de existência.

Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) completam 30 anos em 2023 e se preparam para encarar as próximas três décadas em sua melhor forma possível, com grande variedade de produtos e promessa de bons retornos.

Basicamente, os fundos imobiliários reúnem capital dos investidores, alocam esse capital em ativos imobiliários e fazem sua gestão, locação, venda e etc. Assim, 95% dos lucros apurados pelos fundos são distribuídos aos cotistas em forma de dividendos mensais.

A evolução dessa classe de ativos se deu ao longo desses 30 anos. Lançado em 1993, era um produto exclusivo para investidores qualificados. Ganhou popularidade em 2004, quando se tornou isento de Imposto de Renda, mas foi a partir de 2017 que, com a queda na taxa Selic, a busca por rendimentos melhores levou o grande público a descobrir os FIIs.

Somente no último ano o número de investidores nessa classe aumentou 30%, totalizando 2,16 milhões de pessoas em maio de 2023, divididos entre os 823 fundos registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ainda assim não é muito.

Além disso, cálculos do professor Marcos Baroni, head de FIIs da Suno Reserach, mostram que, hoje, o mercado de fundos imobiliários representa apenas 3,4% de toda a indústria de fundos de investimentos. Um dado que revela o potencial de crescimento.

Do total de R$ 7,6 trilhões investidos em fundos de renda fixa, ações, multimercados, entre outros, apenas R$ 257 bilhões estão alocados nos imobiliários.

Evolução da gestão

Uma grande diferença apontada por Baroni, que segundo ele é fundamental para a sobrevivência da classe de ativos, é a gestão ativa, que permite ao gestor do fundo reciclar o portfólio e desenvolver melhor o viés imobiliário do produto, não ficando apenas no financeiro, gerando valor para o cotista com o conhecimento de mercado, não apenas com aluguéis.

Os tipos de fundos também mudaram. No início eram apenas FIIs de tijolos. Aqueles fundos onde os ativos são somente empreendimentos existentes, como prédios, galpões logísticos, shoppings centers e lajes corporativas.

A criação dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) no ano de 1997, foi o embrião para o fomento dos FIIs de papel, que são os fundos de recebíveis, que investem em ativos de renda fixa relacionados ao setor imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras Hipotecárias (LH).

Olhar para o futuro

Diante da expansão do mercado imobiliário, os analistas olham para o futuro buscando novas formas de explorar o setor. Um relatório divulgado pela XP Investimentos traz expectativas otimistas dos gestores em relação aos fundos, apontando que o potencial de crescimento é enorme e os preços atuais estariam subvalorizados.

Na visão do head de Fundos Imobiliários do banco Fator, Rodrigo Possentini, o gatilho para a grande expansão dos FIIs será o início do ciclo de cortes nos juros, esperado para começar na reunião de 2 de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom).

Mês temático do Grupo Suno

O Grupo Suno dedica o mês de julho para comemorar os 30 anos dos FIIs, com patrocínio de patrocinados por Iridium (do IRDM11), FatorTG CoreRECGuardian e XP Asset. Por meio de vários canais (redes sociais, notícias, vídeos, lives e conteúdos por e-mail), levamos informações sobre tudo que precisa saber sobre essa classe de investimento.

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    Allan Ravagnani
    Allan Ravagnani Jornalista com especializações em macroeconomia, finanças e ciência política. Foi editor no site Inteligência Financeira e atuou nos veículos TC Mover (Traders Club), Valor Econômico, CMA Markets, Terra e Folha de S.Paulo. Atualmente, é colaborador do Suno Notícias e do Funds..

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