Você quer investir, mas deseja aumentar o nível de segurança das suas aplicações financeiras? O FGC ajuda a alcançar esse objetivo.
Isso porque o Fundo Garantidor de Créditos devolve o dinheiro ao investidor em caso de calote. É claro que o processo do FGC tem algumas regras e etapas a seguir.
Por isso, vamos explicar melhor o que é esse fundo, como ele funciona e quais investimentos têm essa proteção. Então, que tal saber mais?
O que é o FGC?
O Fundo Garantidor de Créditos é uma instituição privada que protege os investidores. Ela não tem fins lucrativos e ainda evita o risco de uma crise bancária sistêmica. Isso porque garante a recuperação do patrimônio investido.
O FGC foi criado em 1995. Na época, havia preocupação com a estabilidade do sistema financeiro. Assim, o Conselho Monetário Nacional (CMN) indicou a possibilidade de criar esse tipo de entidade.
Até hoje, o fundo atua como um órgão que auxilia o funcionamento fluido e harmônico do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Por isso, atua tanto para pagar dívidas quanto na prevenção dos sistemas financeiro e bancário.
Como o Fundo Garantidor de Crédito funciona?
A entidade privada é formada por diversas instituições financeiras. Elas são:
- Caixa Econômica Federal;
- bancos múltiplos, comerciais e de desenvolvimento;
- sociedades de crédito, financiamento e investimento;
- sociedades de crédito imobiliário;
- companhias hipotecárias;
- associações de poupança e empréstimo.
A lista completa de instituições participantes pode ser verificada no site do FGC. Todas elas depositam 0,0125% do total movimentado nos produtos cobertos pela entidade. O repasse é mensal.
Com isso, em caso de calote, o Fundo abre um processo. O objetivo é assegurar o capital dos investidores. O limite é de R$ 250 mil por banco por CPF. O máximo é R$ 1 milhão.
Por exemplo, imagine que você investiu R$ 300 mil em duas instituições financeiras. Se o Fundo Garantidor de Crédito for acionado para cobrir o calote de ambas, você recebe R$ 500 mil. Isso porque cada uma delas oferece uma proteção de R$ 250 mil.
Por outro lado, se os R$ 600 mil fossem investidos em apenas um banco, o pagamento seria de R$ 250 mil. Afinal, esse é o limite por instituição financeira.
Agora, digamos que você tenha investido R$ 250 mil em 5 bancos. O total seria de R$ 1,250 milhão, certo? No acionamento do FGC, você receberia R$ 1 milhão. Isso porque esse é o valor máximo pago.
Portanto, mais do que ter os ativos protegidos pelo fundo, também é necessário seguir as regras. A partir disso, o pagamento é feito da seguinte forma:
Investimentos até R$ 250 mil
A consulta dos valores a serem pagos estará disponível em 120 dias. O prazo é contabilizado a partir da publicação do edital pelo Fundo Garantidor de Crédito.
A remuneração considerada é a taxa de emissão do ativo até o dia em que o Banco Central informa sobre a liquidação do banco.
Investimentos acima de R$ 250 mil
Aqui, a entidade garante o pagamento até o limite de R$ 250 mil. Qualquer valor acima disso exige solicitação específica. Assim, o profissional que cuida da liquidação do banco verificará os procedimentos a realizar.
Caso os recursos do banco sejam insuficientes, um rateio poderá ser realizado. No entanto, é preciso verificar cada situação.
Existe alguma exceção no limite de pagamento?
Apesar do máximo ser de R$ 250 mil, com a limitação de R$ 1 milhão, há uma exceção. Ela é válida para investidores que têm o Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE).
O CMN criou essa modalidade para aumentar o limite. Assim, ele é de R$ 20 milhões por CPF por conjunto de investimentos e depósitos na instituição financeira.
Para ter esse direito, as aplicações em DPGE devem ter apenas um titular. Além disso, é exigida uma identificação de depósito especificado em contrato.
Quais investimentos têm a proteção do FGC?
Os investimentos cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) são os que listamos abaixo.
- Poupança.
- Certificado de Depósito Bancário (CDB).
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA).
- Letras de Cambio (LC).
- Recibo de Depósito Bancário (RDB).
- Letras Imobiliárias (LI).
- Letras Hipotecárias (LH).
Desse modo, o FGC é um aliado dos investidores. Afinal, ele traz mais segurança para o seu patrimônio. Continue lendo o Funds Explorer e tome decisões financeiras mais inteligentes.