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Fiagro: conheça os Fundos que investem na maior indústria brasileira

Fiagro: conheça os Fundos que investem na maior indústria brasileira

Trazendo novas oportunidades para os investidores a cada dia, os Fundos de Investimento Fiagro também permitem investir em um setor pouco convencional entre os FIIs: o agronegócio.

Se você se interessa em conhecer novas áreas e diversificar sua carteira, acompanhe este artigo até o final e conheça a modalidade de investimentos imobiliários Fiagro!

O que são Fiagros?

Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) são Fundos de Investimento Imobiliário focados no setor do Agronegócio brasileiro. Criado em março de 2021, o investimento visa permitir que pessoa físicas e jurídicas, inclusive estrangeiros, possam aplicar recursos nesse setor.

Estes fundos foram inspirados nos FIIs convencionais, porém, adaptados para incentivar e ajudar a realidade rural, seja no setor imobiliário ou de produção agrícola.

Como os Fiagros funcionam?

Como citamos acima, os Fiagros são inspirados nos FIIs convencionais e, apesar de terem sofrido adaptações, funcionam da mesma forma, também compondo, assim, a renda variável.

Um grupo de pessoas, os cotistas, aplicam seus recursos por meio da compra de cotas do Fundo, através da Bolsa de Valores (B3). Então, o Gestor do Fiagro fica responsável por administrar estas aplicações investindo em ativos da classe.

Sendo assim, um fundo Fiagro pode investir em:

  1. Direitos creditórios do Agronegócio, como os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio);
  2. Cotas de Fundos de Investimento em direitos creditórios do Agronegócio ou que invistam mais de 50% do patrimônio em ativos do Agronegócio;
  3. Direitos creditórios imobiliários relacionados a imóveis rurais;
  4. Imóveis rurais em si, como fazendas;
  5. Ativos financeiros, títulos de crédito e valores mobiliários emitidos dentro da Cadeia Produtiva Agroindustrial.

Os investidores recebem sua remuneração por meio de dividendos mensalmente, cada um recebendo um valor proporcional à sua participação (quantidade de cotas adquiridas). Caso um Fundo precise de mais recursos para expandir seus negócios, é feita uma emissão de novas cotas.

Assim como os FIIs, os Fiagros também são isentos de Imposto de Renda sobre os rendimentos para pessoas físicas.

Quais são os tipos de Fiagros?

Assim como os FIIs convencionais, Fiagros também oferecem diferentes tipos para os investidores. Veja:

  1. Fiagro-FIDC

Os Fiagros FIDC voltam seus recursos para a aplicação em direitos creditórios do Agronegócio.

  1. Fiagro-FII

Fiagros FII, por sua vez, aplicam em ativos imobiliários e títulos, sendo mais parecidos, de fato, com os FIIs comuns.

  1. Fiagro-FIP

Por último, os Fiagros FIP investem em participações em sociedade, podendo adquirir cotas de outros Fundos focados no Agronegócio.

O setor Agro está favorável a investimentos?

Se você estuda ou conhece a economia brasileira, sabe que o país tem um lugar de destaque quando se trata do Agronegócio. O Brasil é um dos maiores exportadores de Commodities do setor, fazendo com que este seja um dos pilares da nossa economia.

Com isso, o interesse dos investidores nessa área tem sido cada vez maior, inclusive porque o Agronegócio tem se mostrado um dos setores mais resilientes no Brasil em relação a crises, como o Covid-19 provou.

Durante a pandemia, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) caiu e a produção de riqueza no Brasil recuou quase 5%, o setor Agro foi o único que cresceu, avançando 2% em relação ao ano anterior.

fiagro

Além da produção de alimentos, a Agroindústria brasileira também gera muita matéria-prima, biocombustíveis, vestuário e empregos.

Vale lembrar, também, que o desenvolvimento tecnológico do setor no Brasil tem se mostrado cada vez maior. O país, inclusive, lidera o ranking mundial de crescimento da produtividade agrícola, com uma taxa de crescimento de quase 3,2% ao ano.

Vale a pena o investimento em Fiagro?

Tudo o que foi citado acima significa que a tecnologia e os fatores climáticos tornam o setor Agro do Brasil um dos mais competitivos e produtivos do mundo. 

Com isso em mente, não há porquê ter medo de investir no setor. Ainda mais porque, antes dos Fiagros, investir no setor por meio de Ações de empresas ou compra de terras era algo difícil e arriscado, mas, com a chegada desses Fundos, tudo ficou menos burocrático e mais simplificado.

No entanto, como qualquer investimento, exige estudo (principalmente do mercado mundial e suas tendências) e sabedoria no momento de escolher em qual Fundo investir.

Existem desvantagens em investir nos Fiagros?

Quanto às possíveis desvantagens nesse investimento, é preciso ter em mente que diversos fatores podem fazer com que os Fiagros gerem mais volatilidade se comparados a outros FIIs ou FIPs.

A variação do dólar também é um possível risco a estes investimentos. Afinal, o setor Agro do Brasil está diretamente ligado à economia mundial, que é muito influenciada pela moeda norte-americana e pela NYSE, a maior Bolsa de Valores do mundo.

Para investir no Agronegócio, também é preciso ter em mente que o setor pode ter certas sazonalidades. Afinal, cada estação traz um tipo de colheita e benefícios (ou malefícios) diferentes.

Lidando com o setor Agro, mais do que nunca, é preciso ter paciência — e, claro, isso não seria diferente para os investidores. Mesmo assim, investindo em Fiagros, este fator é menos relevante do que ao comprar Ações, por exemplo, ou mesmo terras rurais.

E você, vai adicionar o Fiagro à carteira?

Apesar de mais arriscado do que Fundos de Renda Fixa, por exemplo, o investimento em FIIs de Agro pode ser mais atrativo, dependendo da estratégia de cada investidor e de seu perfil.

Os Fiagros são listados na Bolsa de Valores (B3). Sendo assim, para começar a investir nesses Fundos, é preciso ter uma conta aberta em corretora e acesso ao home broker da mesma. 

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ACESSO RÁPIDO
    Jacinto Neto
    Jacinto Neto Analista CNPI e sócio do Funds Explorer
    Formado em administração pública pela FGV-SP, mestre em Finanças e Controladoria pela FIPECAFI, analista CNPI e sócio do Funds Explorer. Possui experiência maior que 5 anos, trabalhando com estratégia de investimentos, planejamento e modelagem financeira, além de análise de fundos de investimento imobiliário.

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