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Saiba o que significa o termo custodiante

Saiba o que significa o termo custodiante

Existem vários agentes no mercado financeiro. Um deles é o custodiante. A definição da palavra indica algo ou alguém que protege e guarda. E é exatamente isso que significa no mercado financeiro.

No entanto, é preciso adaptar essa explicação ao contexto do mercado. Afinal, o custodiante existe e atua em um mercado específico. Além disso, ele tem um papel relevante para quem trabalha ou investe no setor.

Por isso, criamos este post. Assim, você pode entender como esse agente interfere na sua vida financeira.

O que é custodiante?

O custodiante é um agente do mercado financeiro que faz a intermediação das operações de compra e venda de ativos. Além disso, ele faz a guarda desses títulos e tem a autorização para movimentar as transações dos clientes.

Todo agente custodiante é autorizado a atuar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os principais exemplos são bancos de investimento e comerciais, e corretoras de valores.

Além disso, essa instituição financeira está diretamente relacionada aos mercados dos títulos atendidos. Por exemplo, a negociação de ações na bolsa de valores (B3) tem a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Essa é a entidade que faz a guarda dos ativos.

O que o custodiante faz?

Essa instituição financeira tem o principal objetivo de custodiar os ativos de fundos de investimento. Ou seja, guardá-los. Esse processo deve seguir as regras da CVM, especificamente, a Instrução 452.

Além disso, o agente pode realizar outras funções. Por exemplo, a regulamentação determina que ele atue com a conservação, controle e conciliação dos ativos nas contas do investidor. Pelo menos, nos casos de prestação de serviços. Ainda deve:

  • atender aos pedidos de movimentação passados pelo investidor;
  • fazer a guarda física dos ativos mobiliários não escriturais para as empresas que emitiram os papéis;
  • cuidar dos registros das aplicações.

Quais são as vantagens proporcionadas por esse agente?

O serviço de custódia aumenta a confiança do mercado. Afinal, o investidor e as instituições financeiras sabem que os ativos estão armazenados e serão devolvidos quando solicitado.

Além disso, o agente traz agilidade e eficiência na negociação dos ativos. Isso porque a guarda é sistematizada e a central depositária identifica se o investidor é o dono dos ativos.

Ainda existem mecanismos de proteção. Por exemplo, quando o banco é o custodiante, a gestão dos ativos deve ser separado da sua guarda. Ainda é possível modificar o agente quando necessário sem fazer operações de compra e venda dos ativos.

Tipos de custódia: quais são os principais?

A guarda dos ativos pode ser feita de maneira fungível ou infungível. Entenda as diferenças.

Custódia fungível

Aqui, os bens e ativos resgatados nem sempre são os mesmos que foram depositados. Isso porque eles não são nominais. Por outro lado, apresentam a mesma quantidade, qualidade e espécie.

Esse processo acontece no depósito de dinheiro. Ao fazer o saque da quantia, as células retiradas não serão as mesmas. Porém, terão as mesmas características.

Custódia infungível

Prevê que os tulos resgatados são os mesmos que foram depositados. Para isso, é feito o registro nominal dos ativos. Além disso, eles não são misturados com papéis do mesmo tipo.

Um exemplo de ativo que fica sob esse tipo de custódia são as ações escriturais. Além da guarda, ainda é realizado todo o exercício de direitos. Ou seja, o recebimento de dividendos, bonificações e mais.

Cifrões dentro de círculos, como moedas, mostrando o papel do custodiante

Custodiante x gestor x administrador: quais as diferenças?

É comum que esses termos sejam confundidos. No entanto, o investidor deve entender as diferenças. Saiba o que significa cada um deles.

Gestor

É o responsável pelas negociações das carteiras de investimento. Esse profissional analisam o mercado e as estratégias do fundo. A partir disso, aplica-as no processo de escolha dos ativos. Assim, a busca é pela melhor rentabilidade possível.

Administrador

É o profissional que gerencia o fundo de investimento. Costuma ser uma pessoa jurídica. Entre suas funções estão o acompanhamento do fluxo de caixa, a defesa dos direitos dos cotistas e a oferta de suporte a eles.

Custodiante

Faz a guarda dos ativos. Seu objetivo é garantir que os investidores tenham acesso aos seus títulos no futuro. Além disso, realiza outros processos, como já visto acima.

Como escolher o custodiante?

Ao pesquisar na internet, você tem acesso a várias informações sobre os custodiantes. Porém, é preciso escolher com base em alguns critérios. Eles são:

Assim, você alcança o máximo custo-benefício. Por exemplo, alguns custodiantes isentam as taxas. Ao mesmo tempo, outros oferecem plataformas com mais qualidade.

Por isso, é preciso analisar e fazer a sua escolha com o máximo de vantagens. Além disso, é preciso analisar a sua condição. Se for iniciante, vale a pena pensar em taxa zero. Caso seja um investidor qualificado, é interessante pagar taxas quando o serviço prestado é melhor.

De toda forma, o custodiante é uma figura importante para o investidor. Apesar de seu trabalho nem sempre ser percebido, está sempre disponível e garante a sua proteção.

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    Jacinto Neto
    Jacinto Neto Analista CNPI e sócio do Funds Explorer
    Formado em administração pública pela FGV-SP, mestre em Finanças e Controladoria pela FIPECAFI, analista CNPI e sócio do Funds Explorer. Possui experiência maior que 5 anos, trabalhando com estratégia de investimentos, planejamento e modelagem financeira, além de análise de fundos de investimento imobiliário.

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